segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Fwd: [Bioética e Fé Cristã] Ética em pesquisa com crianças e adolescentes: à procura de normas e diretrizes virtuosas

Crianças e adolescentes foram vítimas da ciência em pesquisas clínicas por grande período da história da humanidade. Quando a sociedade, diante dos horrores das pesquisas realizadas durante a Segunda Guerra Mundial, adotou o Código de Nüremberg, crianças e adolescentes foram excluídas das pesquisas por não terem competência para dar seu consentimento autônomo, exigência pétrea desse código, o que resultou em orfandade terapêutica para muitos agravos em sua saúde. Os que cuidam de crianças e adolescentes foram postos diante de um dilema: por um lado, defendiam a proteção especial para esse grupo; por outro, trabalhavam para não excluí-los dos potenciais benefícios oferecidos pelos avanços em ciência e tecnologia. Iniciou-se, então, um exercício para balancear os princípios em conflito, com a elaboração de normas e dire­trizes de proteção especial. Discorrer sobre elas é o objetivo deste artigo. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Fwd: [Bioética e Fé Cristã] Nuances e desafios do erro médico no Brasil: as vítimas e seus olhares

Custodio EM (edamc@cebinet.com.br)


O erro médico refere-se a circunstância que atinge a pessoa em decorrência de atuação médica baseada em atitude imprudente, negligente ou imperita. No Brasil tem crescido o número de casos, mas a discussão a respeito da vítima é quase inexistente. Este trabalho buscou delinear a perspectiva da vítima de erro médico. Utilizando uma entrevista semiestruturada, foi possível conhecer as experiências das vítimas e perceber de que maneira enfrentaram os desafios impostos. Observou-se a perplexidade ao descobrir-se vítima, e a dificuldade em aceitar-se como tal. As mudanças impostas pelo erro acarretaram transformações comportamentais e de atitudes, como a falta de confiança nos profissionais médicos. Sofrimento e sentimentos negativos passam a fazer parte da vivência dessas pessoas. Dessa maneira, é necessário criar estratégias que permitam auxílio e cuidado da saúde mental das pessoas envolvidas com o erro médico.




Postado no Bioética e Fé Cristã em 2/13/2017

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Aliança Evangélica Mundial faz Apelo para Receber Refugiados

À luz dos recentes desdobramentos da contínua crise global relacionada aos refugiados, a Aliança Evangélica Mundial (WEA) faz a seguinte convocação para que sejam dadas boas vindas aos refugiados:
 
Afirmamos de todo o coração o ensino claro das Sagradas Escrituras, que o povo de Deus é chamado por Deus a “amar” e “dar as boas vindas” ao estrangeiro e forasteiro (Levítico 19.33,34; Mateus 25:34-36).
 
Por isso convidamos o corpo de Cristo ao redor do mundo a refletir o coração de Deus e amar ativamente, recebendo refugiados.
Convocamos líderes cristãos e pastores a aprofundar sua compreensão bíblica sobre este deslocamento forçado e a ministrar intencionalmente, buscando criar espaço em seus corações e mentes para estas pessoas.
 
Convocamos os cristãos de todos os lugares a seguir uma perspectiva baseada na Bíblia sobre deslocamento forçado e a buscar ativamente o bem-estar dos refugiados.
Reconhecendo que esta crise está colocando muita pressão sobre governos, convocamos os cristãos a orar por sabedoria para os líderes governamentais envolvidos na criação de políticas relacionadas aos refugiados.
 
Afirmamos o artigo 14 da Declaração Universal dos Direitos Humanos1 que declara:
“Todos tem o direito de procurar e de receber asilo de perseguição em outros países”;
afirmamos o preâmbulo da Convenção e do Protocolo Relacionado ao Estatuto dos Refugiados2 em que está escrito:
“Considerando que a concessão de asilo pode colocar cargas demasiadamente pesadas em certos países, e que uma solução satisfatória para a solução do problema do qual as Nações Unidas reconheceram a dimensão e natureza internacional, essa não pode ser alcançada sem a cooperação internacional”;
ainda afirmamos o Artigo 3 da Convenção no qual se declara:
“Os Estados Contratantes devem aplicar as provisões dessa Convenção a refugiados, sem discriminação de raça, religião ou país de origem”.
Apelamos aos governos das nações que assinaram esses compromissos para claramente honrar esses acordos internacionais enquanto respondem aos desafios e pressões da crise global de refugiados.
 
Assinado:
Bispo Efraim Tendero, Secretário Geral da WEA;
Comissária Christine MacMillan, Secretária Geral Adjunta para Envolvimento Público, que dirige a Força Tarefa para Refugiados da WEA;
Tom Albinson, Embaixador da WEA para Refugiados, Deslocados e Pessoas sem Pátria.
 
1 UN Universal Declaration of Human Rights
2 UNHCR Convention and Protocol Relating to the Status of Refugees
 

Fwd: [Bioética e Fé Cristã] Abstinência não é o único tratamento para droga, afirma enfermeria

Fernanda Mena
repórter Folha de Sâo Paulo

Quatro quarteirões de inferno. Era essa a alcunha da cena aberta de uso de drogas em Vancouver, no Canadá, onde a enfermeira Liz Evans começou a trabalhar há mais de 20 anos. Era a "cracolândia" canadense, repleta de usuários de drogas injetáveis. 

Responsável pela criação de uma rede de atendimento a usuários ativos em situação de rua, ela começou com um hotel para abrigá-los ao qual se uniram clínicas médicas e odontológicas, programas de distribuição de seringas, salas de uso seguro, uma agência bancária e até uma loja de chocolates artesanais que emprega ex-moradores de rua que podem ou não ainda fazer uso de drogas.
Com isso, declara a enfermeira, diminuiu a desordem pública local e os delitos ligados à cena aberta de uso. "Exigir que a pessoa pare de usar drogas para ajudá-la é tornar sua vida ainda mais difícil", avalia. 

Durante visita à cracolândia do centro paulistano, Liz se emocionou. "Sei que ajudar essas pessoas é um trabalho muito muito difícil, mas vivenciar suas transformações é extremamente gratificante." 

Hoje, Liz coordena os dois maiores serviços de redução de danos de Nova York e se prepara para produzir um estudo de viabilidade de criação de salas de uso seguro de drogas naquela cidade. 

veja entrevista em http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/02/1856072-abstinencia-nao-e-a-unica-solucao-diz-enfermeira-que-enfrentou-cracolandia.shtml


Postado no Bioética e Fé Cristã em 2/06/2017